Sociedade Divinas Vocações
Sociedade Divinas Vocações
Paróquia São Sebastião de Itambé
Centro - Itambé - Bahia
Nossa história religiosa começa nos meados do século XIX, quando um Frei de nome Luís de Grava, proveniente do Norte, chegou à Bahia em 1953. Tendo trabalhado em Pernambuco e Alagoas. Nessa época havia grande necessidade de um missionário entre os Botocudos contemporâneos dos Imborés e dos Mongoiós, estes provenientes dos planaltos conquistenses e dos Botocudos nos vales dos rios Catolé e Prado ou Pardo. Frei Luís de Grava, sucede ao Frei Joaquim de Colorno. Foi grande a evangelização junto aos índios, dando assistência religiosa aos colonos sem o descuido das obras sociais e o desenvolvimento da região.
Chegando no Vale, o missionário junto aos Botocudos que correspondem ao esforço dele começou a cultivar a terra, fazendo também o trabalho artesanal. É nesse período que se encontra cartas dele solicitando medicamentos, ferramentas agrícolas e um ferreiro para instruir os índios nos trabalhos artesanais, que se deram ao trabalho de criar uma Rede Viária ligando as Aldeias entre si e abrindo a estrada Ilhéus/Vitória da Conquista.Para tal, o Frei Luís foi muito ajudado pelo Dr. Inocêncio Pederneiras, Engenheiro Chefe do Governo Estadual. O mesmo foi o Pacificador das tribos selvagens que viviam guerreando entre si e uniu o trabalho dos índios ao dos colonos. Em 1855 foi nomeado missionário de todos os índios do Rio Prado, com os encargos catequéticos, tendo como coadjutor Frei Joaquim de Colorno. Os Botocudos ficavam na região do Catolé. Nos vales do Pardo e do Verruga ficavam os Camacãs.
Estabeleceu o centro de Santo Antônio da Cruz erguendo a Capela existente até os dias atuais. A Colônia Nacional de Cachimbos, mais tarde Verruga do Frei Luis, deu origem ao povoado de Itambé. Nesse povoado de Cachimbos originalmente formado por uma só pessoa da raça Mongoió e famílias de rendeiros, construíram a Igreja tida como uma das mais belas do interior, construída com as ofertas dos fiéis, subsídios da tesouraria geral e mão de obra dos índos já civilizados. Desse fato escreve o diretor geral dos índios,
o Visconde de Sergimirim. A Aldeia dos Cachimbos foi considerada na época a única entre todas, a mais florescente do Sul da Bahia.
A morte repentina e misteriosa do Frei Luís, afogado no Rio Cachoeira, marcou o desaparecimento da Colônia Nacional de Cachoeira em Itabuna, como também a de Catolé e a dos Cachimbos, Verruga. O mesmo fazia suas viagens na maioria das vezes de barca ou subindo as picadas a pé ou descendo montanhas onde encontrava a canos que já o esperava para leva-lo rio afora até o mar, desde o Jequitinhonha em Minas Gerais até São Jorge de Ilhéus, aonde veio a morrer, veio a decadência da missão de Santo Antônio da Cruz e São Gonçalo do Amarante nos povoados gêmeos dos Cachimbos, hoje Itambé. Os rendeiros que aqui continuaram ergueram a primeira capela junto ao Santa Maria, cujas ruínas, foram encontradas no resgate feito pela Fraternidade dos Filhos da Luz, no ano de 2004 em lavra de São Gonçalo.
Mais tarde os mesmos rendeiros construíram uma Capela dedicada a São Sebastião no alto da Colina em frente à Barra da Santa Maria entre as margens dos rios Santa Maria e Verruga, com o objetivo de manter a união criada pelo Frei Luis, entre os rendeiros e os índios, cuja taba ficava na esplanada das lagoas, mais acima das colinas que foi intitulada mais tarde Praça São Sebastião, já fazendo parte do Perímetro Urbano que corresponde atualmente a Praça da Escola Castelo Branco. A Capela de São Sebastião foi ao final da década de 40 e início da década de 50 demolida, e iniciou-se a construção de uma grande Matriz pelo último dos Padres Diocesanos que ocupava o cargo de Vigário Ecônomo da Paróquia – Pe. Bianor Aranha.
Em 1927 com a criação do município de Itambé, o prefeito Dr. Aparício do Couto Moreira, pede a influência do seu tio, Mons. Moisés do Couto Moreira, Vigário de Itabuna para que junto ao Arcebispo da Bahia, criasse a Paróquia de Itambé.
Assim sendo foi criada pelo Arcebispo Primaz Dom Augusto Álvaro da Silva a Paróquia São Sebastião de Itambé a 28 de novembro de 1935. Com os seguintes limites: Pela margem esquerda está o rio Pardo. Do córrego do Nado prossegue até o rio Colônia. Do rio Colônia vai até a barra do Ribeirão Seco. Daí até o município de Vitória da Conquista está a cachoeira do Catolé Grande. Pela Serra Geral, vai até a nascente do rio Catolezinho. Deste até a Barra do rio Jeribá e daí pelos morros da Glória, Santo Antônio, São José, Morro Redondo até a deságua do Córrego do Salitre e por estes morros até o rio Pardo. Para que a mesma pudesse ser erigida, o Vigário de Nossa Senhora das Vitórias em Conquista Pe. Nestor Passos se prontificou a dar os primeiros apoios para que a mesma Paróquia fosse criada. Foi ele o seu primeiro Vigário, seguiram-se cinco outros padres diocesanos. O período de Colônia cede lugar ao período de Paróquia. O período dos Frades Capuchinhos cede lugar ao período dos Padres Diocesanos.
Tendo como primeiro vigário:
1º Pe. Nestor Passos da Silva – 28/02/36. Depois dele atuaram os seguintes vigários:
2º Pe. Osvaldo Ramos – 27/12/37
3º Pe. Orlando Pereira –12/07/40
4º Mons. Honorato - 15/12/46
5º Mons. João Felix – 07/01/51
6º Pe. Bianor Aranha - 1951 -1953
Em 1954, termina o período dos Padres Diocesanos. Sentindo a necessidade de um colégio, que pudesse dar assistência cultural e religiosa a região, o Sr. Gilberto Viana, então gerente do Banco do Brasil incentivou a campanha para que o mesmo fosse entregue a poderes de uma Congregação. Concordou também o Bispo Dom Florêncio Sizínio Vieira, que já estivera na Itália no ano anterior solicitando ao Pe. Justino Russollilo a vinda de Padres para a Diocese de Amargosa. Nesta época, Itambé com a criação de Amargosa já havia se desmembrado da Arquidiocese de Salvador, desde 1941. Neste mesmo ano chegou aqui o 1° grupo de Vocacionistas, que deu início a construção Vocacionista no prédio do referido Colégio, a continuidade na construção da Matriz, iniciando também, a construção da Igreja de Nossa Senhora das Graças. Foi pioneiro o primeiro vigário dos Vocacionistas Pe. Ciro Russollilo (irmão do Pe. Justino Russollilo). Com a chegada dos Vocacionistas se estabelece, também, o primeiro Vocacionário do Brasil, ora funcionando no Colégio, ora na Matriz. Assim se segue a lista dos religiosos Vocacionistas na Paróquia.
7º Pe. Ciro Russolillo - SDV – 1954
8º Pe. Vicente Angiuoni - SDV – 1955
9º Pe. Antonio Maria Polito - SDV – 1956
10º Pe. Luis Siano- SDV 1965
11º Pe. José Antonio dos Reis - SDV – 1966
12º Pe. Juracy Marden Mendes Pires – SDV 18/03/2017
13º Pe. Alessandro Mendonça Nonato – SDV 2021
14º Pe. Wesdras - SDV atual pároco.